6.9.07

Saudades

Hoje o post vai ser em português. Acho que não quero o inglês porque preciso me expressar da maneira mais simples possível. Como sou na realidade. Pra isso uso minha língua, pra tentar dizer sem qualquer possibilidade de dúvidas o que realmente estou sentindo.

Esta manhã fui a um velório. Sim, uma missa de corpo presente do pai de um colega de trabalho aqui do escritório onde trabalho.
Não fazia muito tempo tinha ido a uma missa na cidade de onde origina a parte da família da minha mãe aqui na Itália. E tinha me emocionado bastante.
O engraçado é que nunca fui católica fervorosa e várias vezes chegava a criticar muito a Igreja como foi e como é hoje, o que deixava minha mãe um pouco chateada comigo, porque pra ela, esse era a herança que ela gostaria que eu levasse: as coisas e tradições que ela aprendeu na família dela, principalmente a religião.
Bom, o principal é que hoje foi o sentimento mais forte de saudades que eu já senti da minha família e da minha casa no Brasil. Vendo meu colega chorar pelo pai, eu comecei a pensar o quão longe eu estou e o quanto eu estou perdendo da convivência diária com meus pais e minha irmã. E que posso perder isso de uma hora pra outra, imprevisivelmente.
Sei que muitas vezes a rotina e o dia-a-dia trazem um monte de problemas, irritações e brigas sem sentido, e acho que por isso muias vezes não sinto tanta falta da convivência (isso e já ter morado fora de casa 5 anos da minha vida durante toda a faculdade) mas ainda assim queria poder tê-los perto naquele momento.
Abraçar minha mãe. Ela é a pessoa que mais me lembro quando penso no aconchego. Naquele momento de cansaço, preguicinha, confidência... Um cafunezinho no cabelo.

Bom, eu quero pensar que tudo isso que eu estou vivendo é uma fase muito rica, e posso dizer livre, da minha vida. Longe dos meus, dos amigos, sem alguém nem ao menos pra pensar. Mas estou construindo quem eu sou, pra mudar e voltar de onde eu vim (ou ainda pra ir pra um outro lugar, quem sabe?) melhor!
Pensar que vou vê-los logo também ajuda. Daqui a uns meses...

Pois é. Hoje só bobagens sentimentais de uma boba sentimental.

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