31.3.10

Leiam!

Oies

Bom, hoje o post é pra indicar dois blogs muito disitintos mas muito legais!
O primeiro é o PORRA, ARQUITETO dos meus queridos amigos e nobres colegas RCM e LFC =) Muitas críticas de arquitetura (se não for arquiteto, entre mesmo assim, tem algumas piadas universais) e muita ironia nerd/inteligente.

O segundo é da minha amiga do escritório que têm um ateliê coletivo na Vila Madalena e que faz umas cerâmicas lindas! Dêem uma olhadinha.. e visitem! PAR

Beeeejos

28.3.10

Freak Friday

Não sei se é possível, mas sabe quando as vezes você está querendo e/ou precisando de uma coisa acontecer e de repente ela acontece, parece mágica e por um segundo você se sente a pessoa mais realizada do mundo (mesmo que o desejo nem seja grandes coisas). Bom, essa sexta-feira foi realmente um dia muito diferente do normal... e por conta até do que eu precisava muito fazer.
Estou praticamente em jornada dupla de trabalho, com o escritório onde passo até dez horas do meu dia e um escritório Paralelo onde eu e amigos lutamos pra fazer projetos legais no começo da carreira, tentando aplicar um pouco de tudo que aprendemos e acreditamos nesse mercado complicado.
Então....mas nem é sobre isso que queria falar hoje.
O negócio da sexta-feira é relacionado aos projetos que faço com meus amigos e que não tinha conseguido fazer durante a semana. Tava super preocupada que não havia produzido e evoluído nada das propostas que havíamos discutido em reunião no sábado passado (reunião de sábado??  sim, você não está lendo errado, eu ando trabalhando quase todos os fins de semana)
Chegando no trabalho as 10am - pra fugir do horário de rush e da lotação à la piscinão de ramos dos transportes públicos, ando fazendo o famigerado horário alternativo dos paulistanos e saindo as 7pm (or later...)- comecei o dia normal no escritório e 15 minutos depois, eis que a energia elétrica cai em metade do bairro do Paraíso! O mais engraçado é que nem estava chovendo ou tendo raios e coisas do gênero. São Paulo anda cada vez mais estranha.
A energia oscilou entre ida e vindas e depois cessou de vez! Ficamos esperando com pensamentos positivos (mais da minha chefe do que meus, claro) que ela voltasse logo, afinal estamos super atrasados nos prazos dos projetos, e (...) NADA!
Fiquei arranjando coisas pra ler e fazer no escritório que não dependessem de luz (cheguei ao cúmulo de ir dar um jeito na cozinha, mesmo sabendo que a faxineira faz isso sempre haha), e me dei conta de como somos dependentes de eletricidade pra quase tudo! E pra piorar os telefones estavam meio bizarros.. Nossa! Muito ruim.
Bom, decidimos almoçar e fomos todas as arquitetas do escritório em um restaurante árabe que se tornou um achado! É bem conhecido por uma sobremesa que realmente é deliciosa e que aliás segue a linha de tudo que provamos. A dona, uma simpatia, até nos contou a história da família, a vinda da Líbia pro Brasil, o encontro dos pais e especificidades da culinária árabe. O papo entre nós também foi muito divertido como de costume (acho que essa é uma das razões de eu ter gostado tanto de trabalhar lá... o clima entre as pessoas é ótimo).
No fim, acabamos passeando pelo bairro, procurando uma nova sede pro escritório (eu, olhando possíveis apartamentos pra morar em Sampa =)), etc...
A luz nunca voltou e eu fui dispensada no meio da tarde. Cheguei em casa super cedo, às 5! Consegui fazer tudo que precisava pra próxima reunião do projeto e fui dormir cansada e feliz.
Foi realmente um dia que acabou bem melhor do que parecia que seria quando começou normalmente dentro de um trem da CPTM às quase 9 da manhã...

baci
Mari

24.3.10

The hour, irrevocable

For having lived in Westminster - how many years now? over twenty, - one feels even in the midst of the traffic, or walking at night, Clarissa was positive, a particular hush, or solemnity; an indescribable pause; a suspense (but that might be her heart, affected, they said, by influenza) before Big Bang strikes. There! Out it boomed. First a warning, musical, then the hour, irrevocable. The leaden circles dissolved in the air. Such fools we are, she thought, crossing Victoria Street. For Heaven only knows why one loves it so, how one sees it so, making it up, building it round one, tumbling it, creating it every afresh; but the veriest frumps, the most dejected of miseries sitting on door-steps (drink their downfall) do the same; can't be dealt with, she felt positive, by Acts of Parliament for that very reason: they love life. In people's eyes, in the swing, tramp, and trudge, in the bellow and the uproar; the carriages, motor cars, omnibuses, vans, sandwich men shuffling and swinging; brass bands; barrel organs; in the triumph and the jingle and the strange high singing of some aeroplane overhead was what she loved; life; London; this moment of June.

WOOLF, Virginia. Mrs Dalloway. Great Britain. Penguin:1996.p.6.

for me: life, são paulo and this moment of march.
m

23.3.10

A dualidade das coisas

Ao mesmo tempo que gosto de escrever aqui, tenho tido uma dificuldade crescente pra arrumar tempo e poder pensar em coisas que gostaria de dividir com os outros. Saber que pessoas vão ler isso me traz uma certa alegria por ser mais uma forma de me manter em contato com pessoas queridas que estão tão longe e que raramente vejo no dia-a-dia.
Apesar disso, às vezes sinto saudades de quando esse blog me servia apenas de momento desabafo e me ajudava a lidar com a solidão, saudades do Brasil, da família, amigos, amor, etc etc etc.
Atualmente me pego no meio do dia pensando em coisas legais - como sempre o fiz, já imaginando a possibilidade de escrever sobre isso -  e quando acontece algo que renderia um bom post (se eu pudesse me expressar) então começo a cogitar como tal coisa poderia soar, ou em como talvez alguém pensasse que o post fosse uma indireta... Enfim, acabo esbarrando nessas coisas e muitas vezes os rascunhos de posts sinceros se acumulam sem serem publicados.
Talvez seja assim mesmo, e algumas das coisas que escrevo devessem ficar guardadas só pra mim. Será que assim pelo menos posso enganar pelo menos por mais do que 30 minutos as pessoas da minha encanação e carência (né Ike??? - isso foi uma direta! talvez a primeira com nome haha)
Bom, por hoje é só e espero voltar a ativa escrevendo coisas melhores.

Bjus
mari

9.3.10

Juro que esqueci de tudo que passou.
Prometo que nunca mais pensei no seu sorriso mais alto do lado direito.
Claro que não sonho com você.
Obviamente nem me lembro do jeito que você andava e nem vejo você nas pessoas pela rua.
Não sinto nenhuma saudade do seu sotaque e de todas as palavras que eram muito suas.
Nem me importo com tudo que você me ensinou e nem leio artigos de computação por sua causa.
Não ligo se faz frio, chove ou faz sol no seu país.
Muito menos se você já gosta de alguém de novo.
Não ouço suas músicas.
Não falo de você nem olho suas fotos.
Juro. Verdade.

5.3.10

We're shocking but we're nothing. We're just moments.

As coisas que se aprende no dia-a-dia na metrópole paulista:

- Cada dia é um dia diferente. Um mísero atraso de 5 minutos pode influenciar a dinâmica de todo o seu dia.
Você pode pegar um trem/metrô lotado, não encontrar pessoas pra conversar, pegar aquela chuva torrencial que começa no segundo que você sai do subsolo.
O incrível é sair de casa sem saber o que se pode esperar! Mesmo fazendo as mesmas coisas dois dias seguidos, os resultados serão completamente diferentes.

- As pessoas estão lendo mais. Mesmo que sejam livros de auto-ajuda (argh!) e baboseiras como "O monge e o empresário", a idiotice pré-adolescente da trilogia do "Crepúsculo", livros meia-boca como "A Cabana" ou as quase idênticas tramas de Dan Brown, fico feliz que pelo menos talvez as pessoas comecem a falar e escrever um pouco melhor.

- Gentileza gera gentileza. Ser simpático, educado e prestativo fazem toda a diferença. Pra você pode ser uma pequena ajuda àquela velhinha que não sabe chegar na Av. Paulista de metrô, ou mesmo pedir licença e agradecer ao comprar o seu bilhete ou dar o lugar pra alguém mais velho, mas acredito que pra essas pessoas que receberam gentilezas, o dia ficará um pouquinho (mesmo que seja irrisoriamente) melhor.

- Andar sorrindo atrai a atenção das pessoas. Não importa qual seja o motivo. Além do mais todo mundo fica mais lindo com um sorrisão no rosto.

- Aprenda a rir de situações adversas. Ria do torção no pé BEM na frente de alguém e da cara de sem graça tentando se ajeitar na rua, do guarda-chuva que despenca no meio do temporal e das pessoas olhando pra sua cara tentando domar a criatura MadeinChina que não vale os 10 reais roubados de você na hora do aperto por estar sem guarda-chuva na cidade das quatro-estações-do ano-em-um-dia.

- Use óculos escuros de manhã. Chova ou faça sol, dentro ou fora de lugares. Esse acessório perdeu sua função de proteger os olhos do sol e passou a esconder olheiras, olhos inchados e vermelhos do cansaço matinal.

Isso entre tantas outras coisas....
Living and learning!


Besos
Marecita