21.4.10

Cleaning up the room (life)

2009 foi um ano muito intenso. Muitas mudanças, coisas novas boas e ruins, retomada de ideiais e criação de novos. Novas perspectivas a partir de muito estudo e reflexão. Períodos de total prazer e grande cansaço e tristezas.
Deixei Campinas não apenas abandonando uma grande ( se a melhor ) amiga que tenho. A deixei com a maior felicidade que se pode ter, pois sei que a vida dela está indo muito bem e eu realmente desejo tudo isso pra ela (e mais).
Fazer minha 10ª mudança (essa útima, voltando pra Ribeirão depois de mudanças de república em Campinas, dois países, estado civil e tudo o mais) acabou sobrecarregando meu pobre armário que ficava na casa dos meus pais. Tantas roupas e sapatos que não usava há mais de cinco anos me causaram umas duas semanas de arrumação de tudo - ou quase tudo.
Mas então, toda essa intro foi pra dizer que ao começar a mexer novamente (!) nas minhas coisas pra separar o que levarei pra São Paulo acabei trombando com fragmentos completamente anacronizados... Uma mistura de cada período e das fases da minha vida.
Uma das coisas que encontrei  foi um mural que comecei a fazer e que não chegou a ser finalizado. Poucas pessoas o viram pois ficava no meu quartinho microscópico de Campinas. A idéia era escrever tudo que me interessava e inspirava de algum modo e como se pudesse sair escrevendo pelas paredes, então colei vários pedaços de um material branco e maleável na parede pra que pudesse deixar o negócio fluir. Metade dele foi completo nesse ano passado.
Acontece que na mudança algumas partes foram rasgadas (propositalmente ou não - não sei bem ainda) mas fiz questão de guardar três pedaços com frases que significam muito pra mim. Agora, já que me mudarei de novo, resolvi transcrevê-las quase como uma imortalização desse período, mesmo pra não perdê-las. Um backup virtual de meus devaneios literários que não foram poucos.
Termino assim meu post... to whom it may concern. Pode servir pra mais alguém também.

  A finalidade da vida não é a manutenção da felicidade e do bem estar, e sim uma certa intensificação, um certo refinamento da consciência, uma ampliação do saber. (HUXLEY Aldous, Admirável Mundo Novo p.215)
  
  Estamos todos muito próximos do desespero. A proteção que nos faz flutuar sobre as ondas de desespero compõe-se de esperança, fé no valor inexplicável e no desfecho certeiro do esforço e profunda e subconsciente satisfação que advém do exercício de nosso potencial. (W.H. Oliver Jr. in: JACOBS  Jane. Morte e vida das grandes cidades)

  You are wrong if you think that the joy of life comes principally from the joy of human relationships. God´s placed all around us. It is everything we can experience. People just need to change the way they look at things.  (from the motion picture Into the wild , 2007)

Bjs
Mariana

Um comentário:

Rubens disse...

Huxley está errado, está muito Faustico. Não devemos ampliar mais nada.

Jacobs está quase lá, faltou falar do reconhecimento - próprio e alheio (pasme eu falando isso) - que gera a satisfação.

O cara do Into the wild é um grandessissimo idiota! Diz uma coisa dessas e bota fé em manuais de sobrevivencia!!!! tsc tsc...

É isso!
Boa jornada de desapego, faça uma fogueira, é bem simbolico e eficaz!