7.10.09

Preciso dormir

Nossa, queria MUITO postar uma coisa hoje!
Acho que já falei que escrevo as coisas na cabeça, antes de elas serem digitadas nesse blog ou escrita nos moleskines de viagem que ficam eternamente na bolsa em busca do momento perfeito de serem utilizados.
Hoje no ônibus aconteceu a mesma coisa de sempre. Me pego pensando nas coisas mais nada-a-ver.

Assim como ando cismada em ouvir insanamente e repetitivamente Pearl Jam e Eddie Vedder (obrigada Si por trazer de volta música boa pra minha vida!), fico prestando atenção nas letras dos caras, que são maravilhosas

A comparação e inevitável. Todas as músicas são bastante profundas e tristes. Casos de suicídios infantis por depressão ou falta de atenção(At home. Drawing pictures. Of mountain tops. With him on top. Lemon yellow sun. Arms raised in a V. Dead lay in pools of maroon below - Jeremy) , maridos violentos e casamentos infelizes (Tell him, take no more, she practices her speech As he opens the door, she rolls over...Pretends to sleep as he looks her over. She lies and says shes in love with him, cant find a better man...- Better man)e especialmente tristezas de amores perdidos e a sensação da eternidade dessa perda.

(...)And now my bitter hands. Cradle broken glass. Of what was everything. All the pictures had. All been washed in black. Tattooed everything.
All the love gone bad. Turned my world to black. Tattooed all I see. All that I am. All I'll be...
I know someday you'll have a beautiful life. I know you'll be a sun. In somebody else's sky. But why. Why?.Why can't it be? Why can't it be mine?

- Black

Bom, a razão de eu estar citando tanto essas músicas é que me peguei pensando em como a vida poderia ser tão mais difícil pra mim, e na verdade não é! Em quanta sorte eu tenho por ter uma família ótima ( que as vezes acho que nem mereço, por ater los abandonado tantas vezes)e como meus pais são carinhosos e se amam e nos amam, e como deram uma educação exemplar pra minha irmã e eu...
Em como crio problemas onde não existe. Em como um trabalho de conclusão de graduação me parece uma tarefa árdua, e enquanto isso existem pessoas passando por coisas muito mais difíceis.
Sabiamente me disseram via chat numa manhã de autocad/sketchup/illustrator/photoshop "o q é o tfg afinal/? é nada...e é tudo...mas ainda sendo tudo, é nada. É uma Jerusalém para Saladino e Rei Ricardo...um nada que significa muito, mas continua sendo nada" e isso são palavras de uma pessoa apaixonada em diversos sentidos- não por mim, obvio! hehehe, mas que dão um valor especial pra mim... sensibilidade, essa é a palavra.

Depois disso, eu pensei em como as coisas mudaram, em mim mesma (no contexto de Black.)
Não foi a primeira vez que tenho uma sensação quase de inveja dessa tristeza pela ausência de alguém. O sentimento de que o chão saiu dos pés e que nada faz mais sentido. Eu simplesmente não estou sentindo isso.
Não sei dizer quando, nem como o perdi. Simplesmente, pra mim, é como se eu tivesse saído do cinema, visto um filme triste, chorado e depois ido pra casa, encontrado amigos e gente interessante que me fizeram rir meia hora depois.
Esse processo está sendo bem atípico e estar bem por incrível que pareça me deixa com peso de consciência.
Sempre me orgulhei de ser muito afetiva e sensível e espero não ter perdido parte de quem eu sou ( ou fui?) nesses processos.
Só sei que estou vendo outras perspectivas... e no fim apesar dessa divagação, é a melhor evolução que pude perceber em mim mesma.

Àh! última coisinha...
Enquanto não tenho capacidade de escrever algo tão bem redigido e elaborado cito o blog de uma pessoa muito querida que tem uma das melhores coisas que li em tempos

http://paragrafotravessao.blogspot.com/2007/03/intrusos.html

Bjos da insoniada/insana pelo tfg
Mari

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