1.6.10

Subindo na vida (de elevador até o quinto andar)

Eu já tinha tido alguma experiência com condomínios e política de moradores em prédios de apartamentos, mas morar numa torre (como gostam de dizer os nouveau riche paulistanos) me colocou em algumas situações engraçadas pra não dizer estranhas ou constrangedoras.
Como há de se convir, morando numa torre há que se subir e descer alguns andares. No meu caso cinco.
Bom, essas indas e vindas geralmente são bem tranquilas e solitárias. Vigiadas por uma câmera pelo síndico doidão. Na real eu me sinto meio desconfortável... Vai que quero arrumar o sutiã ou tirar a calcinha do lugar que está incomodando e tá o tarado do assistente do porteiro olhando? Há de se convir que é um pouco tenso e meio à la vigiar e punir.
Mas fora isso, tem o lance dos encontros no elevador com moradores desse prédio que é muito "familiar" por ser antigo e ter em quase sua maioria proprietários e não locatários (como esta que vos escreve).
Nunca sei como as pessoas vão se comportar e eu obviamente tento ser educada e simpática. Digo um "bom dia-tarde-ou-noite" e tá... fico na minha. As vezes calha de estar uma pessoa mais simpática que eu (observem que eu não estou me achando A simpática, é só modo de falar) e começa a perguntar coisas do tipo: "Ah será que hoje vai melhorar o tempo?" ou ainda "Será que chove?".
Algumas vezes entram uns tipos meio diferentes. Hoje de manhã mesmo um tipo bombadinhobarratatuado me deixou meio constrangida diante de seu mau humor aparente e seu narcisismo ao se arrumar no espelho tentando disfarçar a sem-gracisse. Outro dia já me apareceu um carinha que gostei mais... meio skatista, sei lá, não sei explicar, mas esse sim me pareceu mais interessante... hehe
Bom, de todas essas experiências, a melhor foi uma senhorinha que me contou de uma igreja que tem missas em grego (que avisei minha mãe que se liga nessas coisas e tá estudando grego) e que foi muito simpática. Já a mais estranha foi a de um cara meio que me interrogando "O que faz?" "Vai pegar o metrô agora? " "Você é moradora ou inquilina?" Tudo com um sorriso no rosto, mas de uma forma meio bisbilhoteira. Ele deve ser amigo do síndico ( se não for o próprio que ainda não tive o des-prazer de conhecer)
Mas enfim, vou seguindo subindo e descendo, encontrando e desencontrando pessoas, me arrumando no espelho do elevador, dando a última arrumadinha no cabelo bagunçado e nos olhos inchados de dormir e saindo a luta nessa cidade que tô aprendendo a gostar muito!

Bjs
Mari

26.5.10

I was staring at the sky, just looking for a star
To pray on, or wish on, or something like that
I was having a sweet fix of a daydream of a boy
Whose reality I knew, was a hopeless to be had
But then the dove of hope began it's downward slope
And I believed for a moment that my chances
Were approaching to be grabbed
But as it came down near, so did a weary tear
-I thought it was a bird, but it was just a paper bag
Hunger hurts, and I want him so bad, oh it kills
'cause I know I'm a mess he don't wanna clean up
I got to fold 'cause these hands are too shaky to hold 
 Hunger hurts, but starving works, when it costs too much to love
 And I went crazy again today, looking for a strand to climb
Looking for a little hope
Baby said he couldn't stay, wouldn't put his lips to mine,
And a fail to kiss is a fail to cope
I said, "Honey, I don't feel so good, don't feel justified
Come on put a little love here in my void,' - he said
"It's all in your head,' and I said, "So's everything' -
But he didn't get it - I thought he was a man
But he was just a little boy .

Aprendendo a tocar e simplesmente viciada! Cantarolando o dia todo lembrando dos acordes. =)

19.5.10

A mulher e sua sombra. Maria Martins (1894-1973).Bronze e madeira. Palácio do Itamaraty. Brasília.

No catálogo de exposição da artista em Nova Iorque, o poeta surrealista André Breton escreveu:
“O importante é que a démarche de Maria a trouxe do macrocosmo ao microcosmo, em vez de fazê-la percorrer o caminho inverso. É, nunca se repetirá o suficiente, o universo que deve ser interrogado em primeiro lugar e a partir do homem e não o homem a partir do universo. O que prenuncia os grandes acordes acrobáticos de Maria, o tour de force dessa maleabilidade total no rígido, não é a ‘cera perdida’, são as seivas’”.

14.5.10

fast as you can ( and you will)

I let the beast in too soon, I don't know how to live
Without my hand on his throat; I fight him always and still
Oh darling, it's so sweet, you think you know how crazy
How crazy I am
You say you don't spook easy, you won't go, but I know
And I pray that you will
Fast as you can, baby runfree yourself of me
Fast as you can
I may be soft in your palm but I'll soon grow
Hungry for a fight, and I will not let you win
My pretty mouth will frame the phrases that will
Disprove your faith in man
So if you catch me trying to find my way into your
Heart from under your skin
Fast as you can, baby scratch me out, free yourself
Fast as you can
Fast as you can, baby scratch me out, free yourself
Fast as you can
Sometimes my mind don't shake and shift
But most of the time, it does
And I get to the place where I'm begging for a lift
Or I'll drown in the wonders and the was
And I'll be your girl, if you say it's a gift
And you give me some more of your drugs
Yeah, I'll be your pet, if you just tell me it's a gift
'Cause I'm tired of whys, choking on whys,
Just need a little because, because
I let the beast in and then;
I even tried forgiving him, but it's too soon
So I'll fight again, again, again, again, again.
And for a little while more, I'll soar the
Uneven wind, complain and blame
The sterile land
But if you're getting any bright ideas, quiet dear
I'm blooming within
Fast as you can, baby wait watch me, I'll be out
Fast as I can, maybe late but at least about
Fast as you can leave me, let this thing
Run its route
Fast as you can


*never a lyric suited me so well
me

21.4.10

Cleaning up the room (life)

2009 foi um ano muito intenso. Muitas mudanças, coisas novas boas e ruins, retomada de ideiais e criação de novos. Novas perspectivas a partir de muito estudo e reflexão. Períodos de total prazer e grande cansaço e tristezas.
Deixei Campinas não apenas abandonando uma grande ( se a melhor ) amiga que tenho. A deixei com a maior felicidade que se pode ter, pois sei que a vida dela está indo muito bem e eu realmente desejo tudo isso pra ela (e mais).
Fazer minha 10ª mudança (essa útima, voltando pra Ribeirão depois de mudanças de república em Campinas, dois países, estado civil e tudo o mais) acabou sobrecarregando meu pobre armário que ficava na casa dos meus pais. Tantas roupas e sapatos que não usava há mais de cinco anos me causaram umas duas semanas de arrumação de tudo - ou quase tudo.
Mas então, toda essa intro foi pra dizer que ao começar a mexer novamente (!) nas minhas coisas pra separar o que levarei pra São Paulo acabei trombando com fragmentos completamente anacronizados... Uma mistura de cada período e das fases da minha vida.
Uma das coisas que encontrei  foi um mural que comecei a fazer e que não chegou a ser finalizado. Poucas pessoas o viram pois ficava no meu quartinho microscópico de Campinas. A idéia era escrever tudo que me interessava e inspirava de algum modo e como se pudesse sair escrevendo pelas paredes, então colei vários pedaços de um material branco e maleável na parede pra que pudesse deixar o negócio fluir. Metade dele foi completo nesse ano passado.
Acontece que na mudança algumas partes foram rasgadas (propositalmente ou não - não sei bem ainda) mas fiz questão de guardar três pedaços com frases que significam muito pra mim. Agora, já que me mudarei de novo, resolvi transcrevê-las quase como uma imortalização desse período, mesmo pra não perdê-las. Um backup virtual de meus devaneios literários que não foram poucos.
Termino assim meu post... to whom it may concern. Pode servir pra mais alguém também.

  A finalidade da vida não é a manutenção da felicidade e do bem estar, e sim uma certa intensificação, um certo refinamento da consciência, uma ampliação do saber. (HUXLEY Aldous, Admirável Mundo Novo p.215)
  
  Estamos todos muito próximos do desespero. A proteção que nos faz flutuar sobre as ondas de desespero compõe-se de esperança, fé no valor inexplicável e no desfecho certeiro do esforço e profunda e subconsciente satisfação que advém do exercício de nosso potencial. (W.H. Oliver Jr. in: JACOBS  Jane. Morte e vida das grandes cidades)

  You are wrong if you think that the joy of life comes principally from the joy of human relationships. God´s placed all around us. It is everything we can experience. People just need to change the way they look at things.  (from the motion picture Into the wild , 2007)

Bjs
Mariana

16.4.10

A cidade

Esse foi um dos dias mais estranhos do ano. A data tem muito a ver com isso. Mas será que os hormônios, os pepinos no trabalho, as pequenas desmotivações e as ansiedades marcaram um encontro no dia 16/04?
Eu já sabia que algo aconteceria hoje e acordei preparada pro melhor e pro pior. Algumas coisas ruins complicaram meu dia mas até que a noite acabou com um final feliz.
Por alguma razão essa data será sempre especial, e como não podia deixar de ser, hj é o dia em que encontrei uma casa MUITO legal em São Paulo. Posso dizer que é quase um fetiche realizado morar ao lado da Paulista.
Espero que essa nova fase a la Carrie Bradshaw traga muitas coisas boas!

Bjs paulistanos

Mari